sábado, 16 de janeiro de 2010

Them Crooked Vultures - [2009] Them Crooked Vultures




Galera, malz pela demora.
Entrei pra ajudar, mas a chuva resolveu atrapalhar.
Naquele típico dia chuvoso, trovejando pra caralho, e você teimando em não desligar o computador e talz. Eu juro que em 5 minutos eu já iria desligar, mas o raio foi mais rápido. :D
Resultado: queimou alguma coisa aqui que eu não sei o que foi, e quase uma semana fora da internet.
Mas, o técnico já veio, e tá tudo certo.

Pois bem, que belo começo, hein?
Por isso, (finalmente) vou começar minha participação aqui no Fuel For A Mav com ninguém menos que os Crooked Vultures.

Josh Homme (Queens of the Stone Age, Eagles of Death Metal), Dave Grohl (Foo Fighters) e John Paul Jones (Led Zeppelin) conseguem em um álbum no fim de 2009 o que todos esperaram durante a década. Com uma pegada mais voltada pra o Queens da época do "Songs For The Deaf", o power trio entrega um discaço de respeito, mostrando que o rock continua bem vivo pra quem sabe fazê-lo.
A qualidade e o nível da banda se mantém no álbum praticamente inteiro, com muito poucas baixas, e não é nada que possa comprometê-lo de algum modo. 

O álbum permanece intenso durante a pouco mais de uma hora em que é executado.
Homme mostra seus dois lados: o que todos conhecem no Queens, e um que é quase um rockstar à sua maneira.
Jones consegue o que sempre conseguiu no Led e que poucos conseguem ou já conseguiram no rock: não deixar o baixo ser ofuscado pela guitarra. O instrumento deixa de ser um mero acompanhamento para andar lado a lado com a guitarra, com criatividade e versatilidade.
Grohl repete a dose de "Songs for the Deaf" na bateria e consegue mais ainda, com verdadeira aptidão e paixão pelo rock 'n roll.

"No One Loves Me & Neither Do I" abre o álbum com estilo, mostrando pra quê eles vieram. Começando de leve e com uma batida roboticamente empolgante depois de um refrão bem elaborado, a música conquista de cara qualquer um.
"Mind Eraser, No Chaser" é a música com mais influência do Foo Fighters, e John Paul Jones se faz perceber pelo baixo característico fazendo a cama para Homme e Grohl deitarem e rolarem em uma explosão de criatividade dentro do rock moderno.
"New Fang" teve seu single divulgado antes do álbum e é talvez a mais comercial do álbum, com uma harmonia invejável a qualquer outra música no mercado e com destaque para a batida, indescritível e daquelas que cativa o baterista interno em nós.
"Dead End Friends" tem um ar um tanto quanto sombrio, mostrando um Josh Homme mais versátil na guitarra, com uma cozinha simples mas eficiente. Mais um belo trabalho de composição e harmonia, e que mostra o potencial dos três enquanto banda.
"Elephants": destaque para a entrada, animada e que faz Dave Grohl suar na bateria, e para o "refrão": uma verdadeira calmaria depois da tempestade. Definitivamente, não passa em branco.
"Scumbag Blues" faz eu me sentir em uma viagem numa estrada, não muito rápida, só pelo prazer de sentir aquela brisa no rosto, com vocais e guitarra também na brisa, e uma ponte com a presença do teclado fazendo um groove, suave e empolgante. Demais.
"Bandoliers" é mais calma e já começa com Homme brincando com as notas na guitarra, criando uma levada agradável de se ouvir, um vocal leve que cativa, te leva até o refrão e depois dele para o clímax instrumental, que termina com um quase sussuro de "Fire away...". A música recomeça apenas para se despedir, intensa.
"Reptiles" é animada e difícil de se entender nas primeiras audições, a típica música estranha, com um refrão relaxante e algumas (possíveis) interrogações. Não há muito o que se comentar, é mais ouvir e tirar suas próprias conclusões.
"Interlude With Ludes" é bem agradável, mais lenta que as outras, e com uma ambientação que a faz realmente parecer com um interlúdio. Mais recomendada para relaxar do que para agitar.
"Warsaw Or The First Breath You Take After You Give Up" é a mais longa do álbum com 7:50 min e é evidentemente cria do Mr. Homme, lembrando as características básicas do QotSA: levadas quebradas na guitarra, vocais nada sóbrios, um refrão no céu e um solo no inferno. Chapação pura! 
"Caligulove" é uma das minhas favoritas, diga-se de passagem. Uma distorção (na guitarra e no baixo, pelo que me parece) que passa longe do clean, letras trabalhadas, e harmonia impecável. É também a música em que o teclado de Alain Johannes (também do QotSA) se faz mais presente, fazendo uma bela participação em várias partes da música e no refrão, grudento por excelência.
"Gunman" é intensa e dinâmica. Já entra empolgada e mantém a energia até o final, com uma cozinha de atordoar e vocais também da idade da pedra. Dar uma opinião aqui seria quase um pecado, simplesmente ouça.
"Spinning in Daffodils" é um grand finale para um épico dos anos 2000. Também longa (com 7:28 min), e mantém uma postura parecida com a do QotSA até os 4:50, a partir dos quais a música assume um outro caráter, mais sério e maduro.

Sinceramente OBRIGATÓRIO (como diria o Guilherme).

Bem, tá aí o link, rapaziada:
http://www.4shared.com/file/160277781/dd5f546d/Them_Crooked_Vultures__2009_.html?s=1

Bom apetite e até breve (espero) ;]

Um comentário: