E aí meus queridos, tudo certo? Depois de um hiato de uns 2 anos, pretendo voltar com o Fuel For A Mav... provavelmente é um fator psicológico, mas nunca me empolguei tanto para postar no outro blog que eu havia criado, e espero voltar a postar com frequência aqui - e para que isso aconteça, o feedback de vocês é essencial. O que me motivou a voltar a postar por aqui foi ter descoberto ontem essa bandaça que estou postando agora para vocês.
O Slow Season foi formado de Visalia, California e não consegui dados precisos sobre quando a banda foi formada, mas a página do facebook dos caras foi criada no final do ano passado, o que me faz pensar que a banda não tenha mais de um ano. Não importa, já ouvi o disco umas 5 vezes desde que o baixei (e visto que meu tempo anda muito corrido, considerem que é mais ou menos todo o tempo que tenho para ouvir música em um dia), e posso estar falando cedo, mas até agora é o meu disco favorito lançado em 2012. A sonoridade da banda, apesar de vintage, foge de uma tendência que assola a maioria das bandas que têm seu som calcado no fim dos anos 60 e começo dos anos 70: boa parte delas soa como um mero tributo e soam mecânicas, sem muita alma - meros tributos ao Led Zeppelin, Black Sabbath, Hendrix, Humble Pie, nomeie aqui o clássico. Apesar de termos aqui uma banda com o som claramente calcado nestas mesmas referências, fui extremamente surpreendido pela consistência e autenticidade do som do Slow Season: temos aqui um potencial clássico contemporâneo, ainda que soe como uma produção que saiu do começo dos anos 70.
A faixa de abertura é Heavy - que, fazendo jus ao nome, é uma das faixas mais pesadas do disco. Com uma pegada que lembra a Immigrant Song, do Zep, a música é um petardo extremamente marcante e grudento e já dá uma mostra do que está por vir: o Slow Season não é uma banda que tem uma guitarra cheia de solos ultra rápidos e virtuosos, e sim uma banda que baseia seu som em riffs. Riffs geniais que vão ecoar pela sua cabeça e que seriam denominados clássicos se já tivessem seus 30, 40 anos de idade. O tempo dirá. O disco segue com "Ernest Becker's 32nd Schizophrenic Nightmare", uma belíssima balada com uma linha de violão de muito bom gosto, e que poderia caber facilmente no IV, do Zep. A influência do dirigível de chumbo ainda é muito clara nas gaitas, guitarra com slide e a pesadíssima bateria de Cody Tarbell, quase uma reposta à versão do Led a "When The Levee Breaks". Nas faixas seguintes a banda mostra mais um pouco de usas influências, misturando com propriedade The Doors, Pink Floyd, Hendrix, Alman Brothers Band e ainda assim uma personalidade única, talvez pelos vocais de Daniel Story Rice, que soam autênticos e confiantes, sem imitar os vocais mais agudos do Robert Plant ou de outros vocalistas de bandas congêneres. O disco continua seu passeio pelo anos 70, tanto indo pelo rock psicodélico, folk, blues, sem em momento algum cometer algum deslize que faça a banda soar artificial ou pouco a vontade. Dentro deste passeio por gêneros cabe ressaltar a faixa "Coco-A-Gogo", com seu sua pegada calcada no início do rock, ali nos anos 50 com seu riff hipnoticamente dançante, cozinha muitíssimo segura (não posso afirmar grandes coisas sobre o baixo visto que estou fazendo a audição no momento através do miserável som de meu notebook), vocal fantástico, e energia - muita energia. Fechando o disco temos a hipnótica Bars & Bars, com sua guitarra recheada de reverb, bateria frenética e uma vontade imensa do disco ter pelo menos mais umas 5 faixas.
Nunca acreditei nessas conversas da mídia sobre essa ou aquela banda que são a nova salvação do Rock. Não acho que o Slow Season seja a salvação, e menos ainda que o rock precise ser salvo. O que afirmo com certeza é que foi uma das maiores surpresas que tive na música em alguns anos - uma produção de altíssima qualidade e que ainda é pouquíssimo divulgada. Sem mais, se façam um favor e baixem esse discaço!
essa banda é meio que absurdamente foda! amor instantâneo <3
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