domingo, 13 de dezembro de 2009
Jack Daniels Overdrive - [2008] Pure Concentrated Evil
Sujo. Muito sujo. E pesado. Diria até que é um disco curto e grosso, até porque são apenas 5 faixas. Só que o disco é ENORME no som, pedrada no melhor estilo Pantera, Down, Crowbar, eyeHATEgod e outras bandas de peso. Até pelo fato de o disco ser bem curtinho, não tem muito o que falar, a não ser que vale MUITO a pena baixar, se você é fã dessas bandas que passam pelo Stoner/Sludge/Groove Metal. Como eu disse, só 5 faixas, mas entopidas de riffs poderosos, baixo marcante, bateria "panteresca" e um excelente vocal. Somente para os iniciados no estilo!
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009
DirtySweet - [2007] Of Monarchs And Beggars
Um cavalo. Com um cabeludo em cima. E epa! É autografado! Ahh tá, é o nome do disco. Duh.
Estes foram devaneios de quem nunca tinha se ligado na capa desse DISCAÇO DO CARALHO. O som eu já conhecia há um tempo - valeu Rui, que me deixou a dica na época - e esqueci, no meio do monte de discos que tenho aqui (e que postarei pra todos vocês). O blog anda meio abandonado, mas sabem como é fim de semestre... e ando meio magoado com o público que quase não comenta :(. Mas ressentimentos a parte, vamos lá!
O que temos aqui é um autêntico rock-para-bater-botina(não no sentido de morrer, claro)-e-mascar-tabaco. Setenteira caipira, no melhor estilo do Humble Pie, Allman Brothers Band, e da-lhe lista longa de bandas de southern rock e blues. A faixa de abertura, Baby Come Home já dá um panorama do que está por vir, com seus riffs e melodias pra lá de grudentos. Depois vem a simpática baladinha Delilah, com sua guitarra slide, ótimo trabalho de vocais e backing vocals, um primor da melação de cueca neo-caipira. Mas o pior é que o negócio é bom! Mas a rollingstoneana Come Again volta a vibe positiva do disco - e quando eu digo stoneana, é BEM stoneana. Grande groove nas guitarras, e o vocal do Ryan Koontz é excelente, e a banda sabe muitíssimo bem o que está fazendo. E além de saberem o que fazem, fazem BEM.
A questão é que não dá pra ficar me detendo muito em uma ou outra música para não acabar sendo injusto. Of Monarchs And Beggars é um disco cheio de groove, soul, blues, rock'n roll, e apesar de seus momentos mais lentos/fossa é totalmente contagiante, não dá pra ficar indiferente ouvindo um som desses. Se acham que dá, entendam isso como um desafio.
PS.: Novamente, COMENTEM, caralho. Não é uma questão de vaidade, é importante pra mim saber se estão ou não gostando do blog, dos sons postados e dos reviews. Só assim posso melhorar os pontos falhos, e assim todo mundo ficará mais feliz. E nem precisa ter conta no Blogger pra comentar, dá pra usar sua conta do Google. E eu sei que você tem.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
The Company Band - [2009] The Company Band
Acabei de achar o cd pra download aqui... nem sabia que havia sido lançado. Ainda é meio cedo pra um review (posso escrever futuramente, se alguém achar interessante), mas vou jogar o CD aqui, direto do forno pra quem tiver interesse. A banda lançou recentemente um EP; quem não conhece o SUPER grupo, este é constituído por Neil Fallon, vocalista e guitarrista do fodíssimo Clutch, James Rota, frotman do Fireball Ministry, Jess Margera (sim, irmão do Bam Margera), batera do CKY, Dave Bone, nas guitarras e Brad Davis, baixista do Fu Manchu (banda que por sinal, nunca consegui gostar). Ainda estou ouvindo o disco, mas falo que está FANTÁSTICO, pesado, agitado, cheio de riffs fodas, melodias grudentas e o Neil arregaçando nos vocais.
Acho que vai entrar pros meus favoritos do ano. O único defeito do disco é o fato de ter só 10 faixas. Para fãs de Clutch, Fireball Ministry, Five Horse Johnson e rock'n roll nervoso, feito por uma galera pra lá de entendida do assunto.
PS.: Zombie Barricades é FODA!
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
The Golden Gods - [2005] The Thorny Crown Of Rock And Roll
Olha, existem bandas com nomes de gosto duvidoso, bandas com nomes ruins, bandas com nomes muito ruins, e existe The Golden Gods. Não sei de vocês, mas o nome da banda exerce grande influência sobre mim na decisão de baixar ou não. Agora, não me pergunte porque caralhos eu baixei uma banda chamada The Golden Gods. Eu não sei, a explicação está muito além da minha compreensão. A sorte é que o Rock'n Roll desses caras tem qualidade inversamente proporcional ao ridículo nome da banda... o que os caras tem na cabeça? O nome é o primeiro contato que qualquer sujeito tem com a banda, e aqui temos um caso bem anti-propaganda. Mas superado o trauma do nome, numa tarde de tédio resolvi dar uma ouvida descompromissada no disco dos caras, acabei me surpreendendo.
Com um som totalmente despretensioso, cheio de grooves interessantes que em muitas músicas lembram o groove dos anos 60 e 70, característico de bandas como o Humble Pie, Status Quo, The Faces e outras inúmeras bandas, é um som que certamente não tem nada de inovador. E nem precisava ser. Refrões grudentos, verdadeiras odes ao Rock'n Roll são o recheio desse disco, com suas levadas dançantes , na linha dos Hellacopters (que deixaram saudades recentemente), e principalmente dos Flaming Sideburns. A banda é um power trio (minha formação preferida de banda!), com uma excelente cozinha, riffs frenéticos de guitarra e ótimos solos, sempre com aquele clima animadão... uma ótima trilha pra festinhas "roqueiras".
Não vou me deter nessa ou naquela música, o trabalho é todo de altíssimo nível. Não é um disco que vá redefinir a música, não é uma banda que vai se tornar sua favorita, provavelmente nunca darão as caras aqui no Brasil. Tentei maiores informações, mas o Myspace da banda não ajuda muito, e o site, menos ainda. Acho que é justamente essa falta de compromisso e de pretensão me faz gostar tanto desse disco. É preciso encarar dessa forma, para tornar menos doloroso o uso da espinhosa coroa do rock and roll.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Wiser Time - [2007] There And Back Again
Uns tempos atrás eu estrás eu estava sem caixinhas de som e sem fones de ouvido, mas mesmo assim não parei de baixar música. Sou meio compulsivo com isso, fato inquestionável. Pois bem, o único meio que eu tinha de ouvir música, era passando pro celular, e normalmente eu deixava a playlist correndo, com um monte de bandas que eu nunca tinha ouvido na vida, e sem ler o nome das mesmas. Numa dessas eu pensei comigo: "mas putz, eu não coloquei Black Crowes na playlist, que porra é essa?!"... Se tratava de Crumbling Down, do tal do Wiser Time. O nome não me era estranho, e depois de queimar muitos neurônios lembrei que é o nome de uma música do Black Crowes. A semelhança estava explicada. E que semelhança, viu? Não dá pra ouvir o disco sem pensar na influência "blackcroweziana" da banda. Eu não gosto quando uma banda tenta copiar de forma sem vergonha a outra, mas neste caso aqui, não encarei bem assim - se trata claramente de uma homenagem, à começar pelo nome da banda, e podemos adicionar a isso o fato de que o disco é MUITO bom, muito mesmo. Gosto bastante dos Crowes, acho uma das melhores bandas em atividade, gosto das letras, do instrumental, de tudo, e falo que There And Back Again podia tranquilamente figurar na discografia dos caras.
O disco abre com a zeppeliniana "Rock'n' Roll". E apesar de ter o mesmo nome e soar bem Led, não é cover da canção homônima do, vejam só, Led Zeppelin (mas é claro que você sabia dessa, senão, é preciso parar para repensar sua vida, amigo). A música em questão é bastante ajeitada, e tem um slide muito bem aplicado, meia lua acompanhando o vocal, e tudo o que uma autêntica música de dirigir caminhão pede. Logo após vem Crumbling Down, a canção que a pricípio havia me feito pensar que a banda era o Black Crowes. Numa levada mais baladona, ela vem com um ótimo riff, refrão grudento, e aquela estrutura típica dos Crowes (ouçam Virtue And Vice para entender o que estou falando), um hard rock grudento, com um forte apelo pop, mas muitíssimo bem feito - e sempre que eu falo isso, é um grande elogio. É interessante (nem positivo nem negativo) que o disco não possui muitos solos de guitarra em volumes altíssimos, exalando virtuose ou coisa do tipo, o que contribui ainda mais para o carater pop do mesmo. Mas nada que prejudique.
O disco tem umas canções que fogem um pouco do padrão dos Crowes, como a terceira, 10 Years, que lembra bastante as baladinhas do Jet (as boas, tipo Move On), mas tem um vocal meio rouco tipo "quero-cantar-sexy" que me irritava um pouco, mas já me acostumei. Musiquinha bonitinha, ela. Depois temos Millington Station, que remete muitíssimo ao som da fodíssima Dave Matthews Band, numa levada mais relax, com suas guitarras e violões dedilhados, belíssima canção. A banda retoma o Rock com Revolution, que tem um riff hendrixiano carregado de Wah e fuzz, bem fim dos anos 60, começo dos 70, com um groove interessantíssimo e que me lembra alguns bons sons do Lenny Kravitz (é, procura direito que o cara tem muita música boa, é sério hahaha). Give You My Lovin' tem um dos melhores riffs do disco, numa levada pra lá de empolgante, como é comum nos sons do Led e dos Crowes (o que é meio redundante, já que os caras são fãs assumidos do Led, já tendo gravado um ao vivo com o Page nas guitarras). Grande música, acho que a melhor do disco. Em termos de Grand Funk Railroad, é uma "footstomping music" até o osso, e essa sim tem um solão pra lá de pentatônico e roqueiro.
Back For More começa com uma bateria marcante, que é seguida novamente por uma ótima guitarra slide. Mais uma canção que poderia muito bem ser dos Crowes. Mas vou parar de repetir isso, juro! Had Enough é um blues nervosíssimo, que timbre de guitarra, caramba! Outra grande faixa, excelente trabalho dos vocais e guitarra aqui. Better Off Dead começa com um dedilhadinho e gaita bem capiras, lembra bastante Wrinkle Neck Mules (que logo posto aqui, grande banda), puxando bem pro country. Belíssima canção, é outro dos melhores momentos do disco. A penúltima canção, Divided, começa com uma guitarrinha com um tremolo muito bem aplicado, e, pois bem, pra não falar que é totalmente Black Crowes (já que prometi), digo que é totalmente "Chris Robinson e companhia", novamente num clima mais melancolico, mas não triste. Não sei bem explicar, mas tem aquela pegada característica das bandas mais "caipiras" norte-americanas, como se fosse uma tristeza, mas carregada de otimismo. O disco fecha com What You Give, mais uma vez na levada da Dave Matthews Band, numa canção mais lenta, com baixo marcante e ótimo trabalho nas guitarras e violões. Penso que deva ficar belíssima numa versão acústica.
Por fim, mesmo que seja um disco com uma fortíssima, inegável & sempre presente influência da banda que eu já mencionei tantas vezes acima, é um trabalho excelente, que não soa como mera cópia, pois há uma sinceridade nas canções. Os caras (são um trio) parecem bem a vontade com o som, tocam com propriedade. Recomendo muitíssimo àqueles que as vezes gostam de dar uma quebrada na barulheira pra ouvir uns sons mais tranquilos às vezes - não que sejam a única qualidade do disco. Excelente trabalho do Wiser Time. A banda tem um outro disco que foi lançado e 2008, chamado All For One, e que eu ainda não consegui. Se alguém achar, por favor me passe, ficarei gratíssimo.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Black Water Rising - [2009] Black Water Rising
Bom galera, este aqui vai ser um post mais rápido, pois no momento eu estou lavando roupa (sim, estou lavando roupa). O que temos aqui é uma excelente banda da nova safra de sons mais pesados-mas-não-tão-puxados-pra-metal-assim, na linha do recém postado e ótimo Black Stone Cherry, Black Label Society, Brand New Sin e bandas do naipe. Os caras são do Brooklyn, então é bom ouvir e comentar, senão eles metem a azeitona. Como estou ocupado pra caramba, só vou mencionar umas faixas que se destacam pra mim, como The Mirror, Brother Go On, Black Bleeds Through (essa eu arrepiei, na primeira audição), No Halos, Rise, Burn It Down... escrevendo agora que fui notar a quantidade de músicas boas presentes nesse discaço. Sem mais, disco muito recomendado, de uma banda que promete, já que este é seu debut. De volta ao tanque.
Ps.: COMENTEM, CARAJO
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Black Stone Cherry - [2006] Black Stone Cherry
Fazia tempo que eu não ouvia esse discaço. Fazer backup dos arquivos em DVD pra formatar o PC é fria, você nunca mais acha nada hahaha. Pois bem, para mim este disco é um dos melhores debuts de todos os tempos... Na época do lançamento, baixei sem nenhuma grande expectativa, pois nunca tinha ouvido falar da banda, e quase ninguém tinha, acredito. E foi uma grata surpresa, sendo hoje em dia um dos meus albuns favoritos, e um dos que eu mais ouvi na vida. Uma pena que o segundo disco da banda, Folklore & Superstition, deixe bastante a desejar, se comparado ao S/T. Mas isso é assunto para outro post.
O disco abre com Rain Wizard, com um riff pesadíssimo, dando uma idéia do que está por vir. O batera, John Fred Young, tem uma pegada descomunal e é muito criativo em suas viradas, além de fazer ótimos backing vocals. Ponto positivo pra cozinha. O vocal do também guitarrista Chris Robertson é uma mistura de Eddie Vedder e Zakk Wylde, e vale ressaltar que o cara manda muitíssimo bem na guitarra, com seus solos e riffs poderosos. Backwoods Gold começa com um riff interessante, brincando com o pan da música, indo de um lado para o outro do fone (se você usa fones, claro). Seu riff cheio de palm muting, acompanhado pelas batidas na bateria é pesadíssimo, e a música apresenta um uso muito bem feito do wah (efeito que está presente na maioria dos solos). O disco segue com Lonely Train, que foi o primeiro hit da banda, com seu riff poderoso (acho que você, leitor, vai cansar de tantos riffs poderosos hahaha), que segue por toda música, numa levada totalmente propícia pro ato de headbangear, com suas paradas rápidas e secas (as guitarras aqui lembram bastante o Black Label Society, que inclusive chamou a banda para abrir seus shows após o lançamento deste disco). Temos aqui mais um solo recheado de wah, com a base mais lenta, quebrando um pouco o acelerado ritmo que dita a música - ressalto aqui como bateria e guitarra trabalham muitíssimo bem juntas no funcionamento dos riffs, coisa que as vezes falta nas bandas de som mais pesado. Aprendam galerinha, peso não é só ganho no máximo.
E quando você pensa que tem um disco com o som pesadão e não-tão-feliz, chega Maybe Someday. Que sim, é bastante pesada, mas tem um certo apelo pop, riffs e backing vocals interessantíssimos. Vale ressaltar que Ben Wells, o "outro guitarrista", que também manda uns solos muito bons tinha uns 18 anos na época do lançamento do cd, e não era muito mais novo que o restante da banda. E por serem caras bem novos, em seu primeiro disco, a banda ainda possuia uma certa "inocência", sem saber direito pra que lado seguir. Só que aqui no caso, senhores, isso é ótimo, pois temos um disco bastante diversificado, e ainda assim muito coeso. De Maybe Someday pra frente, temos um disco com músicas mais, digamos, divertidas e grudentas. Mas isso, só depois que passamos pela pesadíssima When The Weight Comes Down, uma das mais densas do disco, apresentando uma passagem meio oriental bem legal antes do solo (pensando bem, não é só o Quill que tem essa tara... medo). Não tem muito o que ser comentado aqui, é simplesmente foda. Crosstown Woman já apresenta a música pesada & pop que eu mencionei acima, e é interessantíssimo o que temos, com algumas influências que vão do metal ao southern, e solos bem blueseiros pra uma banda pesada como essa.
Shooting Star é outra música fodidíssima, mas novamente não sei o que comentar. Hell & High Water é FODA, começa com um solo muitíssimo legal de guitarra, e vem com uma pegada bem menos pesada que a primeira parte do disco. Grande trabalho de guitarra e vocal aqui, numa música muito grudenta e empolgante, perfeita pra dirigir no deserto, mastigando fumo e cuspindo pela janela, e ótimo solo aqui, um dos meus preferidos da banda. Logo após temos um cover de Shapes Of Things, dos Yardbirds, mas com uma roupagem bem mais pesada. Ficou boa, mas acho dispensável. E vem Violator Girl, que é fantásticamente boa, com sua mais que cativante levada, excelente refrão, bateria, guitarra. É a típica música que não dá pra não gostar, você pode até falar que é ruim, mas certeza que vai ficar batendo o pé acompanhando a levada, enquanto escuta.
Tired Of The Rain é uma música meio estranha, tem um Hammond que não existia antes no album, e é bem menos pesada, e não tem as tradicionais "paradas" na guitarra e bateria, como a maioria das outras músicas do album. Foi o que eu quis dizer com "a banda não sabe bem pra que lado ir", não tinham um estilo de compor/tocar bem definido, neste disco. Mas, quem se importa? É como se fosse uma coletânea que você faz pra ir viajar, com estilos diferentes, mas a mesma voz cantando. Mas ao mesmo tempo, funciona muitíssimo bem como álbum. Na música Drive já voltam as paradinhas da guitarra, e essa lembra um pouco Nickelback. Mas o Nickelback que eu gosto, e não o que eu não gosto. Talvez por isso seja um dos pontos fracos do disco, mas whatever. Pois ele fecha com...
Rollin' On. Eu sou suspeito pra falar, é minha música preferida deles. A introdução cativante, no baixo, bateria e palmas (é, palmas), e o Hammond ali denovo. O verso meio balada hard rock, com uma letra legal pra caramba, com direito a um "Merle Haggard I know what you mean
When you say sing me back home". Apesar de destoar muito do início pesadíssimo do disco, é uma das canções mais fodas que já ouvi na vida, com um solo à moda do Lynyrd Skynyrd, que é fantástico. Parece música de fim de filme, quando o cara se fode, mas resolve mudar a vida. Sei lá, é viadagem, mas é uma música que significa pra caralho pra mim haha.
E é isso macacada, quem conhece, bom. Quem não conhece, baixe agora pois não sabe o que está perdendo!
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
O que aconteceu com o "clássico?"
Sempre me deparo com a galera “das antigas” – e até uma gurizada mais nova – chorando as pitangas, falando que o rock está morto, que não fazem mais discos como antigamente, que nenhuma banda lança clássicos hoje
O comum (eu mesmo nos anos 90 – e olha que tenho 20 anos de idade – fazia isso) era ir para a casa de um amigo mais rico, que tinha uma boa vitrola e alguns bolachões e ficar ouvindo som. Assim fica fácil entender o que era o clássico; era o disco que rodava mais nas rádios, o amigo rico conseguia achar na loja grande da capital e comprava, e indicava pra todos os outros amigos. Assim se disseminava a música. Hoje, em tempos de internet, fica fácil achar inúmeras bandas fantásticas que foram ignoradas, ficando à sombra de bandas maiores como o Led Zeppelin e o Black Sabbath (posso mencionar aqui bandas pouco famosas, mas importantíssimas, como o Cactus, Truth & Janey, Buffalo, Sir Lord Baltimore, Ice Cross, entre inúmeras outras). Mas na época, não era bem assim. Mas, mesmo contra todos obstáculos, de boca em boca, festa em festa, o Rock cresceu, ganhou espaço e vendeu. E vendeu MUITO. Com bandas, estúdios e produtores ganhando dinheiro, o Rock virou febre – centenas de bandas pipocavam na Inglaterra e EUA na luta por um lugar ao sol. A maioria não passava do primeiro disco – era um mercado cruel.
E a música foi se concretizando cada vez mais como uma poderosa indústria, e as figuras mais vendidas e tocadas nas paradas viravam ídolos de uma adolescência que era bombardeada com a música e o cinema da época, pregando a “rebeldia sem causa”. Rock não vendia só música. Vendia estilo de vida, vendia roupa, moto, carro. Novos métodos de produção, prensagem e divulgação popularizaram os preços dos discos, e a fita k7 tornava possível um “tráfico de música”. O Napster chegaria 2 décadas depois. Nos anos
Mais compacto e barato que o LP, e prometendo uma maior fidelidade (que questiono, mas nunca fui muito conservador para achar motivo para resmungar sobre isso), o CD foi ganhando espaço. Michael Jackson vendia como água. A adolescência via o Guns trazendo de volta o espírito do Hard setentista, e emergia o Nirvana. A explosão do Grunge vendeu CD’s, camisetas, allstar e revolta. Pouco tempo depois, a explosão morria, junto com seu ícone mor, Kurt Cobain. Tenho pra mim que ao lado do chato Axl Rose, Kurt foi o último grande ícone de uma geração. Com o fim do último grande “movimento” dotado de certa rebeldia, o rock se pasteurizou, e foi sumindo da mídia. O Rap e o Hip Hop cresciam, e também o Pop. Logo a MTV foi inundada por MC Hammer, e depois Apache Indian, e a moda sempre mudava, semana após semana. Rap branco, boy bands, Spice Girls... Eu poderia fazer uma lista interminável. Mas como eu disse, o rock sumiu DA MÍDIA.
Vez ou outra alguma banda ainda pintava (e pinta) na MTV, VH1 entre outros canais, e até toca no rádio. Mas parece que as pessoas se acomodaram com a facilidade de há uma década se ligar o TV e ter Rock tocando. Como hoje isso não ocorre tanto, subentendem que o mesmo morreu. Já falaram que o Rock morreu com Buddy Holly, com Elvis, com John Lennon. Já tentaram matar o rock inúmeras vezes. Mas ele continua vivo, nas garagens, estúdios baratos, festivais alternativos, bares. Os festivais independentes vêm crescendo até mesmo no Brasil. Goiânia Noise, Jambolada, Marreco (um festival criado há um ano na minha cidade natal, Patos de Minas), e mais um monte de circuitos independentes que a preguiça não me deixa procurar, no momento. Diferente de décadas atrás, hoje é barato comprar guitarra, baixo, bateria. É barato alugar um estúdio pra ensaiar e gravar. É fácil arranjar produtor. É tão fácil fazer isso tudo, que existem bandas demais, e bandas demais que lançam muito material. E existe a internet.
O “problema” do clássico pode ser a internet. É material demais, e em um clique, tudo está no seu computador, e dele passa pro IPod. Ouvir música virou um ritual individual e banal – raras vezes se convida alguém pra ver o DVD de tal banda e tomar uma cerveja no fim de semana -. O computador tem mais discos que a maior loja da sua cidade, e você não lembra a última vez que PAROU pra apreciar aquele disco daquela bandinha nova. Esses tempos finalmente parei pra ouvir o tal do Weezer, e o disco Maladroit, por exemplo, tem TUDO pra ser considerado clássico. Tem até quem considere, mas a banda não tem uma legião fiel e fanática de fãs como o Led Zeppelin, por exemplo. É outra tendência “modernosa” – confundir clássico com “cult”. Quanto menos o disco vendeu, e menos pessoas gostam (adoram falar “quanto menos pessoas compreendem”) o tal disco, maior seu status de cult/clássico. Bullshit, é o que eu digo.
Não vejo problema nos novos discos não atingirem o status de clássico. Claro que alguns passam loooonge de merecer tal denominação. Mas outros, inúmeros, poderiam muito bem figurar ao lado do White Álbum, Led IV, Paranoid, Machine Head, Beggars Banquet – ad infinitum aqui. Nada me convence que um disco como o Rated R, do QOTSA, ou o Hooray! It’s A Deathtrip do The Quill não o possam. É uma pena que essas bandas não tenham o devido reconhecimento? Sim, é. Mas são a prova viva de que ainda se faz Rock de verdade, com qualidade, e não apenas pelo dinheiro. É bom ganhar dinheiro fazendo shows e vendendo discos? Claro que é, e não condeno isso. Até gostaria de poder viver assim. Até não cabe a mim julgar a quais bandas merecem os títulos de “novos clássicos”, mas tento fazer meu papel aqui, com o Fuel For a Mav. Baixem os discos na internet, mas comprem, e freqüentem os shows. Ficar em casa resmungando por nunca mais ter a chance de ver o Led Zeppelin quebrando o pau ao vivo ou lançando discos de inéditas não vai adiantar. Vida longa a nova safra do Rock’n Roll!
terça-feira, 20 de outubro de 2009
The Quill - [2006] In Triumph
Bom, pode até ser meio recente postar uma banda "repetida" por aqui, mas o Quill é uma banda que merece. É meio difícil ser imparcial, pois é uma das minhas bandas favoritas, mas, vamos lá. Quem já baixou a "bolacha virtual" anterior, sabe exatamente o que esperar. A chamada "crítica especializada" aclamou esse como o melhor disco da banda, até então - eu ainda prefiro o Hooray!, mas acho o In Triumph realmente um discaço. Muitíssimo acima da média, não apenas das bandas recentes, mas do rock num geral... Poucas bandas soam tão consistentes, aos meus ouvidos, e é alarmante não ter notícias sobre o status da banda, nem no myspace e nem no site. Se tiverem acabado, é uma pena, com o perdão do trocadilho.
Vamos ao disco. O fade in logo nos brinda com uma pegada oriental, presente em alguns riffs do album predescessor. É uma faixa que tem a cara da banda, bateria pesadíssima, riff bem cadenciado, o ÓTIMO vocal do Magnus (que é um dos meus vocalistas favoritos), refrão grudento, um belo solo de guitarra - vale ressaltar que os solos receberam bem mais destaque nesse disco, e são ótimos solos -. A segunda música, Yeah, é mais direta. Como sempre, um ótimo riff, ótima bateria, o baixo sempre ali, sem muita firula, mas sem fazer feio. Ela apresenta uma característica que, assim como os solos de guitarra, foi melhor trabalhada nesse disco - os backing vocals, que encaixam muito bem ali no refrão. E logo vem...
Slave & Master. É uma das melhores músicas do disco. E isso quer dizer MUITO, no caso do Quill. A introdução, só na guitarra com um phaser muito bem aplicado, e o vocal fodidíssimo do Magnus dão espaço à bateria MONSTRUOSA de Jolle. O cara é lenhador pra caralho, tem uma pegada fenomenal. A cozinha descomunal, somada ao riff poderoso dão a essa música um peso que tem poucos paralelos no mundo musical. A ponte da música é outro show. A impressão é que os pratos do Jolle são descartados no fim de cada gravação, e nada, nada na música está sobrando. Tudo é muitíssimo bem encaixado, ali. E logo depois, vem a pouco mais tranquila Broken Man. Outro riff estupendo, um groovezão no baixo, e uma guitarra com um wah safado, muito bem aplicado, no verso. E o refrão, bem, "I know, tomorrow I will beg for todaaaaaaaay". Foda, foda pra caralho. E o curto, mas eficiente solo. Mais uma lição de como fazer rock'n roll de verdade.
O album segue com a pesada Man In Mind, com sua pegada stoner, mais lenta e cadenciada, com um baixo pesado, cheio de groove e muito marcante. E tem um solo meio peculiar pro som do Quill, cheio de Whammy, tremolo e delay. Peculiar, mas é legal, combinou com a pegada "modernosa" dessa música, em específico. Não vou me deter muito em Merciless Room (o nome tá errado na tag, fui ver só depois que já havia feito o upload, arrumem aí!) - que é uma ótima pseudo-balada, nem na animada - e igualmente ótima Treespass. Não por serem ruins, mas são tantas faixas que merecem destaque, que não quero ficar chato falando demais.
Em seguida vem Black - que não tem nenhuma relação com a canção homônima do Pearl Jam -, outra que figura entre as mais pesadas do disco. Novamente está presente a pegada oriental, a bateria CAVALAR (e que sempre me lembra When The Levee Breaks, na versão do Led Zeppelin), com um refrão que lembra um pouco o clima de Kashmir, tambem do Led. Essa música é uma das maiores provas de que peso no som não se relaciona apenas a quão distortida a guitarra está. O peso é o todo. E o todo de Black, senhores, é puro peso, que só é quebrado pela ponte da música, mais limpo. Mas a pancadaria volta, com direito a um arranjo orquestral acompanhando toda a pancadaria. Coisa linda de se ouvir. Mas não para por aí.
Mais uma vez, pulando uma canção (agora, No Light On The Dark Side, rapidinha e feliz, com uma bateria meio hardcore), somos presenteados com Triumph Is A Sea Of Flame. É um dos melhores riffs do Quill, e um dos meus riffs favoritos ever. Não vou nem comentar sobre a bateria. Me recuso, é totalmente imoral. Mais uma vez, destaque para os vocais. E o riff do refrão, acompanhado pelo bumbo da bateria é totalmente genial, seguido (mais uma vez) por uma levada meio oriental. Acho que os caras da banda tem alguma tara pelo oriente, vai saber. Sei que dá muito peso pras músicas. Essa, em especial. Só sou meio implicado com o solo, acho que um petardo fantástico como esse merecia um pouquinho mais de atenção nessa parte. Não que seja ruim ou comprometa a música, mas falta algo, principalmente após uma quebra no tempo da bateria. Ouvindo, vocês vão saber do que estou falando. Depois disso, a música dá uma acalmada, e vai crescendo, crescendo, crescendo, até MAIS UMA explosão orientalesca. FENOMENAL.
In The Shadows, a penúltima faixa do disco, tem uma guitarra bem zeppeliniana, com um phaser muito bem aplicado. Christian, o guitarrista, tem muito bom gosto nos seus timbres e riffs, tudo no lugar, sem exagero no uso de chorus, distorção, wah, solos... é sempre o que a música pede. No caso desta música, que é bem lenta, pros padrões do Quill, não é diferente. Soa como um momento pra relaxar depois de toda a pancadaria que a precede. O disco fecha com Down, com seus tempos todos quebrados e cheia de paradas (as famosas "respirações"), e os vocais dobrados, bem sombrios, pouco típicos à banda - chegando a lembrar o Alice in Chains -, destoando um pouco do albúm, e quem sabe, mostrando o que talvez esteja por vir, caso a banda não tenha terminado - e espero que não tenha -. Mais um ótimo álbum, que não preciso dizer, é OBRIGATÓRIO.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Earl Greyhound - [2006] Soft Targets
"Como eu nunca ouvi falar disso antes?!?!", foi o que me perguntei quando terminei minha primeira audição desse discaço. Earl Greyhound, puta nominho difícil de se pronunciar, né? E o som, bom... é uma puta injustiça uma banda dessas passar despercebida! Até ler uma crítica rasgando elogios, nunca tinha visto sequer o nome da banda... uma pena. O som é uma loucura só, mistura pop, hard rock, blues, psicodelia, stoner, boas letras, melodias grudentas, guitarra e baixo muitíssimo bem trabalhados, uma bateria FENOMENAL, e os vocais... bem... Matt Whyte, também guitarrista (a banda é um trio) tem um vocal "normal", meio que padrão pra bandas de rock moderninhas que querem ser retrô. É um bom vocal, dá bem certo pra vibe da banda, mas ele fica meio ofuscado pelo vocal da baixista Kamara Thomas. Coisa de louco, fazia tempo que não ouvia uma vocalista tão fodidamente boa quanto ela, tanto nos vocais principais quanto backing vocals. Como eu disse, cada aspecto do disco é muito bem trabalhado. A primeira faixa, S.O.S. já começa mostrando a que a banda veio. Muito peso, vocais meio "rap" (sei lá, a forma como os versos se encaixam me lembrou o estilo, ouvindo vocês vão entender), e logo após o primeiro refrão, entram os backing vocals da Kamara. Essa música em especial tem uns backings muito interessantes, que dão uma dimensão muito foda pra música, não me lembro de nenhum backing que faça algum paralelo com esse, em termos de estilo. E logo nela, aparece uma coisa muito marcante no disco: as músicas não são só "verso/refrão/verso/solo/refrão", são músicas cheias de partes diferentes, pontes, solos, pirações. O albúm segue com All Better Now, que me lembra um pouco o QOTSA dos tempos do Nick Oliveri, com uma pegada meio punk, rapidinha, refrão grudento, bateria carregada, e um solo/riff com o tempo todo quebrado, bem bacana. Logo após, vem It's Over, que é uma baladinha com uma pegada muito legal, adoro a guitarra dela, e a forma como o baixo se encaixa, somados a ótima letra. Like A Doggy vem com uma guitarrinha com tremolo e uma bateria que me lembram um pouco os tempos áureos dos Gorillaz (é, eu gosto). Ressalto novamente que o batera é um MONSTRO, tem uma pegada muito lenhadora, e umas viradas muito criativas. E vai indo a bolachinha, Monkey, Good (que tem uma intro totalmente "queenzistica"), a ótima Back And Forth, com uma historinha na letra, meio bobinha, mas na proposta pop dessa música, vai muito bem, obrigado. Depois, vem a música que pra mim é o ápice do disco, que já é um ápice constante (!), que é a Yeah I Love You.
Vou tentar descrever essa música (que sim, merece um parágrafo a parte)... Uma bateria que entra quebrando o pau, seguida por um riff bem pesado e grudento de guitarra. Ok, até entrar uma guitarra mais lenta, e o vocal lindo da Kamara. Na segunda parte do verso, começa um SHOW de bom gosto na bateria, coisa de louco mesmo. Umas levadinhas quebradas no chimbau da bateria, e uns bons contratempos, tudo muitíssimo bem colocado. O refrão é super grudento, pesado, e com um riffzinho que quebra o clima pop da música, mas que continua MUITO grudenta. É outra característica da banda, misturar de uma forma perfeita diversos climas dentro da mesma música, como se fosse um "pop imprevisível".
O disco todo vai nessa levada, da primeira até a última música, sem deixar cair a peteca. Tá rolando no player do meu celular tem umas 2 semanas, e sempre toca na integra, isso quando não repito as músicas. Sei que estou indignado por essa pérola ter demorado 3 anos pra chegar a mim. Com esse post, estou tentando arrumar essa injustiça! Não preciso nem dizer que é OBRIGATÓRIO.
PS.: COMENTEM, PORRA!
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Zeke - [2004] 'Till The Livin' End
Bom, se tem uma banda que qualquer homem com dignidade e pelos pubianos e em sua plenitude viril deve curtir, essa banda se chama Motörhead. A voz inconfundível do mestre Lemmy, os riffs marcantes, bateria rápida, uma mistura de heavy metal e punk rock fez e faz a alegria de muitos jovens e outros não-tão-jovens, e causa o desespero em muitos pais. Bandas de tal calibre costumam deixar um legado de fãs, e alguns desses fãs querem, a exemplo de seus ídolos, montar uma banda. Numa dessas, fomos brindados com os caras do Zeke.
Esse trio de Seattle, formado no início dos anos 90, tem lançado desde então, quase anualmente (apesar deste album de 2004 ter sido seu último, até agora), albuns rápidos, sujos e barulhentos. 'Till The Livin' End é o meu preferido e dá ao ouvinte um bom panorama sobre os trabalhos anteriores da banda. Substitua a influência punk do Motörhead por hardcore, e teremos músicas ainda mais aceleradas (!), normalmente curtas, dificilmente durando mais que 3 minutos, e com muitos, MUITOS solos, sempre recheados de wah wah, umas leves pitadas de blues. Este é o Zeke. Recomendado para aqueles que não conseguem desacelerar, para chegar mais rápido ao infinito e além. You got the picture.
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domingo, 4 de outubro de 2009
Sasquatch - [2006] II
Depois do petardo do Quill que eu postei, poderia ter me dado por satisfeito - missão cumprida - e fechado o Fuel For A Mav. Ok, exagero, ainda mais por se tratar de um blog que acabou de estrear. Então, para manter o nível e o peso em alta, poucas coisas me vieram a cabeça além desse discaço, o segundo do Sasquatch. A banda é um power trio, formado em Los Angeles, e faz um som MUITO, mas MUITO pesado. Guitarra e baixo lotados de fuzz/distorção, o mais puro som de valvulas fritando, uma bateria muito densa e ótimos vocais; parece que estou falando de uma banda de Sludge? Pois bem, não é. Com influências claras de Black Sabbath, CoC, Melvins e outros clássicos do peso e da sujeira... acreditem, é um som pra botar a casa abaixo. O pau já quebra na primeira faixa, Let It In, que é uma forte candidata a melhor do disco - microfonias, um baixo LOTADO de fuzz, bateria comendo, e logo entra a guitarra e o vocal. Riffzão marcante, refrão grundento ("noooow i've got my medicineeee"), solo bacana. Tá tudo ali. O disco segue com The Judge, pesadíssima, também, Pleasure to Burn, Barrel Of A Gun, até o final do disco, petardo atrás de petardo, só dando um fôlego numas partes mais tranquilas e numa canção acústica. Disco recomendadíssimo para os fanáticos por Stoner Rock denso, pesado e viajante. E também àqueles que estão afim de ouvir um puta som novo, sem se prender a gêneros.
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009
The Quill - [2003] Hooray! It's A Deathtrip
Depois da blueseira numa levada mais tranquila, postada por mim ontem, nada melhor do que um disco que é uma pancada, do início ao fim. Essa banda vinda da Suécia (e acreditem, MUITAS bandas de lá vão aparecer aqui no Fuel For A Mav!) formada no início dos anos 90 lançou alguns ótimos discos em toda sua carreira, mas seus 3 últimos trabalhos são totalmente fenomenais, e devem aparecer por aqui em breve (Voodoo Caravan e In Triumph). Mas este trabalho em especial é OBRIGATÓRIO para qualquer ser humano que curta Stoner Rock, Hard Rock (com aquela pegada setentista, claro, nada do hard rock baitola dos anos 80) e metal em geral. Apesar de ser um trabalho bastante desconhecido, este é um dos meus discos favoritos, e falo num sentido geral. I mean, é um dos meus discos favoritos de TODOS OS TEMPOS. O disco já começa com o pau quebrando em Spinning Around, e logo de cara, nos primeiros 12 segundos de música você já pensa "puta que pariu, esse baterista é um monstro"... E aí vem o riff de guitarra, muitíssimo consistente, o baixo idem, nada de muitas firulas. A cozinha aqui faz justamente o que a música pede. E o vocal, bem, o vocal... Magnus Ekwall. O cara é um MONSTRO, numa mistura de sei lá, o timbre do Chris Cornell, mas chegando em notas dignas de Bruce Dickinson (no bom sentido, claro). Enfim, uma PUTA duma banda totalmente injustiçada. A faixa dois é o petardo Nothing Ever Changes, com um riff totalmente fantástico de guitarra, um wah e phaser muitíssimo bem utilizados, refrão marcante, bateria comendo, um solo ANIMAL. Não tem uma faixa que não mereça destaque, mas minhas preferidas são: Nothing Ever Changes, American Powder, Hammerhead e Because I'm God. Mas é um disco dificilimo de se ouvir pulando faixas, ou sem repetir pelo menos umas 3 vezes ao dia. E é isso.
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quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Los Lonely Boys - [2004] Los Lonely Boys
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